segunda-feira, 6 de junho de 2011

Teoria do Caos no grande ecrã

TEORIA DO CAOS NO GRANDE ECRÃ

(Teoria de caos na grande tela)


De acordo com os estudos realizados pelo psicólogo James Cutting, especializado em cognição, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, mais que a empatia e/ou popularidade que alguns atores podem ter diante do conceito popular, o que verdadeiramente prende a atenção do espectador relaciona-se a fatores científicos, mais especificamente, segundo ele, relacionados à teoria dos caos.

Utilizando a percepção como ferramenta investigativa, num processo de desconstrução das produções de 70 anos passados, a partir de seus estudos, assim definiu sua teoria:

“Às vezes estou a ver um filme, que comecei a meio, e pergunto-me: “Por que estou a ver irto?” Mas tenhoi os olhos fixos no ecrã. Acontece porque estou a dar ao filme um certo ritmo e estou a achar isso agradável”.

Cutting define tal ritmo como padrão 1/f, conceito presente na teoria do caos e uma constante no universo e em toda a natureza, consequentemente em todos os setores da vida, como música, economia, e outros.

À partir do padrão 1/f e para efetivar sua aplicação ao cinema, o investigador compara o comprimento dos cortes durante o filme estabelecendo um ritmo para o mesmo, percebendo tal ritmo cada vez mais próximo ao padrão de atenção humana, o que não é sinônimo de mera rapidez nas mudanças de quadros. Outro fator importante ressaltado por Cutting, é que o gosto estilístico também não está associado à este estudo, sendo ele admirador dos filmes de noir dos anos 50 e percebendo neles seqüências aleatórias e totalmente distintas em relação ao padrão 1/f.

Segundo o investigador, há hoje um maior controle sobre a dinâmica visual por parte dos editores tornando os planos mais coerentes do que os de 70 anos atrás, sugerindo que futuramente a indústria cinematográfica evoluirá para uma estrutura geral mais próxima do padrão 1/f, assemelhando-se naturalmente aos já encontrados na “física, biologia, cultura e do pensamento.”

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